BEE4 completa dois anos consolidando-se como pioneira no mercado de ações tokenizadas de PMEs.
São Paulo/SP – 19 de de 2024 – A BEE4, único mercado regulado, além da B3, autorizado a negociar ações no Brasil e o primeiro com licença para listar PMEs (pequenas e médias empresas) com regras mais adequadas ao porte dessas companhias, completou dois anos em operação.
Inspirada em modelos globais de sucesso como Alternative Investment Market – AIM (Londres), TSX (Canadá) e Nasdaq, a BEE4 oferece às empresas um caminho mais eficiente e sustentável para captar financiamento, enquanto proporciona aos investidores o acesso a novas oportunidades para diversificação de seus portfólios. Essa iniciativa busca desenvolver o chamado ‘Mercado de Acesso’ brasileiro.
Em 2022, iniciou suas operações no âmbito do Sandbox Regulatório da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e, em apenas dois anos, durante um período de seca de IPOs no Brasil e antes da conexão do mercado BEE4 com as primeiras corretoras, cadastrou mais de seis mil investidores e realizou IPOs de quatro empresas com teses atrativas em setores que despertam interesse de investidores.
As companhias de capital aberto na BEE4 são a Engravida, rede de clínicas de reprodução assistida, a Mais Mu, marca de snacks saudáveis ricos em proteína, a Plamev Pet, maior operadora independente de plano de saúde para pets no Brasil, e a Eletron Energia, focada em projetos de eficiência energética. Hoje, essas companhias somam cerca de R$30 milhões em ações tokenizadas em free float, tendo negociado quase 400 mil tokens em mais de 110 pregões realizados.
Após conclusão da conexão com as duas primeiras corretoras em setembro, os investidores da Genial Investimentos e do Itaú Private Bank já podem ter acesso aos ativos negociados no mercado BEE4. A distribuição dos futuros IPOs também será feita por essas instituições.
Próximos passos: ampliação de oportunidades e crescimento sustentável
Com a conquista dos últimos dois anos, tanto no âmbito regulatório, com o protocolo das licenças definitivas para saída do sandbox, quanto no desenvolvimento da infraestrutura e integrações com participantes de mercado, a BEE4 vem consolidando sua posição como pioneira na construção do mercado de acesso brasileiro e se prepara para os próximos passos. A companhia prevê início das operações no segmento de renda fixa a partir de 2025, dando aos investidores mais uma alternativa de diversificação no segmento de emissões de PMEs.
Além disso, a BEE4 informou que já há um grupo de empresas se preparando para realizar suas Ofertas Públicas Iniciais (IPOs). “Nosso pipeline de empresas está cada vez mais robusto; isso se deu, em grande parte, pela intensificação de nossas ações de relacionamento com potenciais novos emissores e o aumento dos pedidos de credenciamento de novos Consultores de Listagem. Agora, com o processo de integração com corretoras finalizado, esperamos um aumento significativo no número de IPOs.” “Nosso objetivo é chegar em 100 PMEs listadas pela BEE4 até 2027”, declara Rodrigo Fiszman, sócio-cofundador e Presidente do Conselho da BEE4.
Da ideia à realidade: a trajetória de estruturação da BEE4
Desde o início das suas operações, a BEE4 promoveu três inovações estratégicas para desenvolver o Mercado de Acesso: a criação de regras simplificadas para que empresas de menor porte pudessem participar do mercado de capitais, chamado de “arcabouço regulatório”, a criação da figura do Consultor de Listagem como um participante obrigatório no processo de abertura de IPOs e a utilização da tecnologia blockchain como parte da infraestrutura de mercado.
1 – Arcabouço regulatório:
Com a atuação no Sandbox Regulatório da CVM, a BEE4 criou uma simplificação de regras para que PMEs possam abrir capital, por meio de um novo Arcabouço Regulatório, com requisitos mais adequados ao grau de maturidade de empresas que faturam entre R$10 milhões e R$300 milhões. Essa inovação influenciou de forma positiva a proposta de Consulta Pública SDM nº 01/24 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que institui o chamado ‘regime FÁCIL’ – Facilitação do Acesso a Capital e de Incentivo à Listagens, iniciativa fundamental para a regulamentação e facilitação do acesso de companhias de menor porte ao mercado de capitais, segmento alvo desse novo mercado.
O texto base sugere flexibilizações no processo de obtenção e manutenção do registro de emissor de valores mobiliários, bem como na realização de Ofertas Públicas por PMEs, com diversas propostas de simplificações regulatórias já presentes nas autorizações concedidas à BEE4, em setembro de 2021. “A BEE4 trabalhou para propor um arcabouço regulatório simplificado de pré-requisitos e obrigações, de forma que os emissores possam dar um passo para estruturar melhor a governança de seus negócios, mas também considerando a realidade do estágio de maturidade dessas empresas. O foco foi facilitar o processo para que essas PMEs se tornem companhias de capital aberto, mas com regras que garantam proteções importantes para acionistas minoritários e a transparência informacional de resultados das empresas listadas.” afirma Patricia Stille, CEO da BEE4.
2 – Inclusão do Consultor de Listagem em seu ecossistema:
O modelo dos chamados “Consultores de Listagem” é inspirado na figura dos “Nominated Advisers”, que atuam nos processos de listagem da AIM, mercado de acesso da London Stock Exchange, a Bolsa de Londres. A AIM foi um dos modelos mais estudados para a concepção da BEE4 no Brasil. Esses consultores (advisers), atuam durante todo o processo de listagem das companhias, fornecendo orientações, realizando diligências e cuidando dos documentos de admissão.
Na BEE4, podem operar como Consultores de Listagem, as instituições que tenham comprovada experiência na estruturação de operações no mercado de capitais, como bancos de investimentos, consultorias financeiras, advisors especializados em fusões e aquisições, consultorias de governança corporativa, dentre outros. O novo mercado conta hoje com treze consultores de listagem em seu ecossistema, entre eles estão grandes nomes do mercado, como a XP e Genial Investimentos. “O Consultor de Listagem atua como um guia para empresas que desejam abrir capital, oferecendo suporte em todo o processo, foi pensado para pegar na mão da empresa e ajudá-la na condução da abertura de capital de forma simples e segura.”, completa Rodrigo.
3 – Tecnologia blockchain como parte da infraestrutura de mercado:
A BEE4 inovou implementando o uso da tecnologia blockchain em atividades de pós-trading, começando pelo processo de controle de titularidades dos ativos e conciliação de posições junto ao escriturador, figura regulada pela resolução CVM 33 e cuja contratação, por parte da empresa emissora, é obrigatória para garantir a integridade do livro societário. Essa inovação reduz custos operacionais, aumenta a segurança e eficiência nesse processo. “Para nós, a parceria com a Oliveira Trust foi um elemento chave para garantir a inovação e uma implementação rápida do processo de escrituração onchain, com a instituição detendo um nó da rede da BEE4. Esse é apenas o início de um roadmap de aplicações em DLT, cujo foco primário é facilitar a execução de funções de depositário central” afirma Patrícia Stille.
Em um evento promovido pela BEE4, que reuniu as principais corretoras do país no mês de agosto, o presidente da CVM, João Pedro Nascimento, comentou que “A CVM está comprometida com a democratização do mercado de capitais e entende que, nesta dinâmica evolutiva, é fundamental promover maior inclusão de pequenas e médias empresas. A autarquia está trabalhando em abordagem regulatória flexível destinada a estes emissores”, comentou o presidente da CVM.”. Na mesma ocasião, o diretor Financeiro e de Mercado de Capitais do BNDES, Alexandre Abreu, afirmou o compromisso da instituição com o desenvolvimento desse segmento. “O BNDES está se preparando para retomar seus investimentos no mercado de capitais. Nosso objetivo é ancorar até 30% das Ofertas Públicas direcionadas ao segmento de PMEs.”, reforça Abreu.
Há mais potencial de crescimento para o ‘Mercado de Acesso’ no Brasil?
Segundo a BEE4, é preciso ter um mercado de “acesso” no Brasil, tal como já acontece em várias outras economias. O desenvolvimento desse segmento é urgente, para democratizar o acesso das pequenas e médias empresas (PMEs) ao mercado de capitais, ampliando as alternativas de financiamento e criando uma formação de base para impulsionar aquelas que podem se tornar as futuras grandes empresas brasileiras. “O Brasil, está entre as dez maiores economias do mundo, com as PMEs representando 80% dos empregos e 1/3 de toda a riqueza produzida no país. Isso só demonstra uma grande lacuna no mercado de capitais brasileiro, exatamente o espaço que a BEE4 veio preencher”, conclui Rodrigo.