Mercado de Acesso: o que é e por que você precisa conhecê-lo agora mesmo?


Imagem é um mapa que sugere uma conexão entre o Brasil e o mundo.

Entenda o que é e como funciona esse segmento de mercado que já é sucesso no resto do mundo e saiba onde investir!

O que é o Mercado de Acesso?

O Mercado de Acesso é porta de entrada para que pequenas e médias empresas (PMEs) ingressem no mercado de capitais. Ele possibilita a participação de investidores em ofertas públicas iniciais (IPOs) dessas companhias e a negociação secundária de suas ações. Por meio desse mecanismo, as PMEs encontram uma alternativa para captar recursos financeiros e, assim,  ampliar as oportunidades de investimento em pesquisa, desenvolvimento, inovação e crescimento dos seus negócios.

Por meio dele, PMEs podem realizar Ofertas Públicas iniciais (IPOs) e ter suas ações negociadas, assim como as grandes corporações listadas na B3. Ao mesmo tempo, proporciona aos investidores a possibilidade de diversificar seus portfólios com empresas com alto potencial de crescimento. Em resumo, o Mercado de Acesso funciona como uma ponte entre o mercado de capitais e as PMEs que estão em crescimento.

Por que desenvolver o Mercado de Acesso no país?

O Mercado de Acesso tem como principal objetivo democratizar o acesso ao capital para pequenas e médias empresas (PMEs), impulsionando o crescimento econômico e a inovação. Ao conectar essas empresas com investidores, esse mercado permite que as empresas possam expandir seus negócios, gerando empregos e fortalecendo o tecido empresarial. Assim, mercado de acesso atua como um catalisador para o desenvolvimento de um ecossistema mais dinâmico e diversificado. 

  • Democratização do acesso ao capital: permite que empresas em crescimento, que tradicionalmente enfrentam maiores obstáculos para obter financiamento em bancos ou instituições financeiras tradicionais, tenham maior acesso ao capital.
  • Diversidade de investidores: atrai uma gama mais ampla de investidores, desde pequenos investidores até grandes fundos, democratizando a participação no mercado de capitais.
  • Criação de um ambiente favorável à inovação:permite que empresas com ideias inovadoras e disruptivas obtenham o capital necessário para desenvolver seus produtos ou serviços.
  • Desenvolvimento econômico e geração de empregos: as empresas que captam recursos no mercado de acesso tendem a crescer mais e gerar novos empregos.
  • Aumento de competitividade: fortalece o tecido empresarial, aumentando a competitividade das empresas brasileiras no cenário global.
  • Diversificação da economia: contribui para a diversificação da economia, reduzindo a dependência de setores e companhias tradicionais.

Como funciona o Mercado de Acesso ao redor do mundo?

Em um estudo sobre o Mercado de Acesso no Brasil, Tatiane Ribeiro (2022), conta que ele nasceu na Europa na década de 90, no intuito de facilitar o ingresso de empresas de menor porte no mercado de capitais, visando o lançamento de ofertas públicas iniciais (IPOs). A estrutura e o funcionamento do mercado de acesso variam de país para país, mas algumas características podem ser observadas em comum:

  1. Plataformas digitais: a tecnologia desempenha um papel fundamental no mercado de acesso, com plataformas digitais facilitando a conexão entre empresas e investidores, reduzindo custos e agilizando processos.
  2. Regulamentação específica: a maioria dos países possui regulamentações específicas para o mercado de acesso, visando proteger os investidores, facilitar os processos, e garantir a transparência das operações.
  3. Foco em setores específicos: alguns mercados de acesso pelo mundo se concentram em setores específicos, como tecnologia, energia renovável e biotecnologia, onde a inovação é mais proeminente. 

Alguns dos países que já desenvolvem esse mercado:

Estados Unidos: o mercado de acesso nos Estados Unidos é um dos mais desenvolvidos e diversificados do mundo, com uma variedade de plataformas e instrumentos financeiros disponíveis. A Nasdaq, por exemplo, possui um segmento dedicado a empresas de menor porte.

Reino Unido: O Alternative Investment Market (AIM) é um dos mercados de acesso mais antigos e conhecidos do mundo, oferecendo um ambiente regulatório flexível para empresas em fase de crescimento. Por exemplo, para efeito de comparação, no Reino Unido, a London Stock Exchange que tem a AIM, conta com 1.143 empresas listadas no mercado principal e 722 no mercado de acesso.

Canadá: no país, o Grupo TMX anunciou em agosto que conta com 1.816 ativos desse segmento na Toronto Stock Exchange, a maior Bolsa de Valores do Canadá. Já na TSX Ventures, Bolsa sediada em Calgary, também no Canadá, há outras 1.881 companhias listadas.

Brasil: a B3 foi criada em 1890 e até então era o único mercado de ações brasileiro. Hoje, cerca de 400 empresas negociam suas ações na Bolsa brasileira. Apesar disso, a iniciativa chamada de “BOVESPA Mais”, lançada em 2005 e inspirada no mercado “AIM”, da Bolsa de Valores de Londres, não decolou. Quase 20 anos depois, conta com 15 empresas, sendo que apenas 3 negociam suas ações (Bahema, Biomm e Nutriplant), atualmente. Enquanto isso, o AIM que motivou a iniciativa na B3, desde sua criação em 1995, já atraiu mais de 3 mil empresas. 

BEE4: pioneira em desenvolver e ampliar o Mercado de Acesso no Brasil

A BEE4 foi lançada em 2022, como uma plataforma de negociação de ações com foco em PMEs e funciona como a Bolsa de Valores B3, só que no lugar de grandes companhias, quem está listado são empresas com faturamento entre de R$10 milhões a R$300 milhões de reais — modelo adotado no início da Nasdaq, nos Estados Unidos.

Além disso, é o único mercado, além da B3, autorizado pela CVM a negociar ações no país, e o primeiro a utilizar tecnologia blockchain em sua infraestrutura para garantir mais eficiência e segurança em todos os seus processos. Com 2 anos em operação, já listou 4 companhias (Engravida, Mais Mu, Plamev Pet e Eletron), isso em um período de seca de IPOs no Brasil.

Uma de suas maiores conquistas, foi a proposta de um novo arcabouço regulatório, mais adequado à realidade de companhias de menor porte. Com isso, busca-se um equilíbrio entre as simplificações de condições e a exigência de obrigações mínimas para resguardar a proteção dos investidores.

Para abrir capital na BEE4, as companhias se comprometem a atender um grupo de pré-requisitos para listagem, entre eles a natureza jurídica de sociedade anônima (S.A.) e a manutenção de auditoria anual por auditor independente e credenciado na CVM.

Qual o perfil das empresas listadas na BEE4?

Até agora, foram listadas na BEE4 empresas que se destacaram nos seus respectivos segmentos por alto crescimento. São companhias em fase de expansão ou em setores inovadores, que já possuem uma maturidade gerencial, tendo atingido dezenas de milhões de reais de faturamento, e registram crescimento em taxas elevadas de dois dígitos, ano a ano. Abaixo você poderá encontrar um resumo sobre cada uma delas:

 

  1. MUUU4 (Mais Mu) – Nutrição saudável e saborosa: a Mais Mu oferece uma ampla variedade de snacks e suplementos saudáveis, ricos em proteínas e com um sabor irresistível. Possui um portfólio de mais de 60 produtos, que se destacam pelo qualidade, estando hoje em mais de 23 mil pontos de venda. 
  2. BABY3 (Engravida) – Democratizando a reprodução assistida: a Engravida oferece tratamentos de fertilidade com preços acessíveis e alta tecnologia, expandindo o acesso a esse tipo de procedimento no Brasil. Com presença em 6 estados, a rede registrou um aumento significativo no número de procedimentos realizados no último ano.
  3. PLMV4 (Plamev Pet) – Saúde para pets: a Plamev Pet é a maior rede  independente em planos de saúde para cães e gatos no Brasil, oferecendo cobertura completa e personalizada. No último ano, a empresa cresceu em mais de 32% o número de vidas seguradas.
  4. ELEN4 (Eletron Energia) – Eficiência energética e sustentabilidade: a Eletron Energia oferece soluções inovadoras para reduzir o consumo de energia e o impacto ambiental nas empresas. A empresa contribuiu para a redução de mais de 5 mil de toneladas de CO² só em 2023 e registrou um crescimento de 23% em número de projetos finalizados.

Como investir em ações de PMEs listadas no mercado BEE4?

Agora, os investidores já encontram ações do mercado BEE4 diretamente em nossas corretoras parceiras. É simples e fácil investir no Home Broker da Genial Investimentos,tanto na versão app quanto na web (desktop), clientes do Itaú Private Bank, podem operar diretamente através de seus assessores. 

Para investir pela Genial Investimentos

As ações estão disponíveis no Home Broker da corretora para todos os clientes. Para investir no mercado BEE4 pela Genial, basta seguir os passos abaixo:

  1. Abra sua conta: se ainda não tem uma conta na Genial, clique aqui, abra agora e complete seu perfil de investidor.
  2. Verifique seu saldo: certifique-se de ter dinheiro disponível na sua conta para investir nas ações da BEE4. Você só conseguirá investir em IPOs ou comprar ações tokenizadas se depositar antecipadamente o valor da compra, pois neste mercado não é possível realizar operações a descoberto, ou seja, adquirir ações tokenizadas sem ter saldo disponível em conta ou vendê-las sem tê-las em sua carteira.
  3. Acesse o mercado BEE4: ao acessar o app da Genial, vá até a opção “Renda Variável”, depois em “Produtos e Serviços” e, por fim, clique em “BEE4”, lá você será direcionado para Home Broker para comprar as suas ações tokenizadas.
  4. Abra o Home Broker e procure pelas ações da BEE4 da mesma forma que você faria para negociar ações na B3. Selecione a ação que deseja e finalize a sua compra ou venda.

Para investir no Itaú Private Bank,  é necessário que o investidor fale com seu assessor.  É importante que antes de operar, você conheça seu perfil de risco e as características e horários específicos de negociação do mercado BEE4. Saiba mais clicando aqui.

 

Um novo cenário para o mercado de capitais brasileiro

Nos últimos anos, tem crescido a discussão sobre a necessidade de diversificar o mercado de capitais brasileiro e trazer alternativas que ofereçam uma nova opção ao mercado consolidado pela B3. 

O Brasil, com um PIB entre os dez maiores do mundo, apresenta um número surpreendentemente baixo de empresas listadas em Bolsa. Para além disso, hoje as PMEs representam 80% dos empregos e 1/3 de toda a riqueza produzida (PIB) no Brasil, conforme o Fórum Econômico Mundial. 

Essa lacuna revela um grande potencial inexplorado no mercado de capitais brasileiro. A BEE4, ao desenvolver o mercado de acesso no país, surge como uma alternativa para conectar essas empresas ao mercado de capitais, buscando impulsionar PMEs que serão protagonistas no crescimento econômico e na geração de empregos no Brasil.

Gostou? Quer saber mais sobre o Mercado de Acesso? Acompanhe a coluna exclusiva da nossa CEO, Patrícia Stille, no Inteligência Financeira. Lá, você encontra as últimas notícias, oportunidades de investimento e análises sobre esse mercado em constante crescimento. Clique aqui e adicione ao seus favoritos!